Introdução: O trabalho apresentado corresponde a um ensaio de uma pesquisa científica, não concluída, desenvolvida por alunos e professores da Faculdade Paraíso do Ceará no eixo mobilidade urbana sustentável; escolhendo enquanto análise a acessibilidade em um Polo Gerador de Tráfego (PGT), de esfera pública em Juazeiro do Norte – CE. Segundo o Relatório Mundial Sobre Deficiência, publicado em 2011 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de um bilhão de pessoas no mundo com algum tipo de deficiência. É de suma importância que pessoas com limitações físicas possam usufruir do direito ao acesso nos estabelecimentos públicos ou privados, direito assegurado pelo Decreto Legislativo Nº 186, de 2008, que aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinado em Nova York, 2007. Trazendo esta problemática para Juazeiro, teve-se como base o Índice de Caminhabilidade (ICam) do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) e como objeto de estudo o mercado do Pirajá, subcentro da cidade estudada, onde centenas de pessoas trabalham e fazem compras diariamente. Percebeu-se a necessidade de um espaço que favoreça a acessibilidade para pessoas com e sem deficiência enquanto um direito à cidade, amparando-se na NBR 9050 de 2015 da ABNT, que trata da Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos. Objetivo: Analisar a acessibilidade a partir de parâmetros técnicos ideais para um caminhante no mercado do Pirajá. Compreender a inclusão por meio da acessibilidade no espaço público e avaliar as condições estruturais de acessibilidade, em um estudo de caso. Metodologia: Sendo uma pesquisa exploratória, de abordagem quali e quantitativa, ainda em andamento, os procedimentos adotados basearam-se em estudos bibliográficos (teorias e documentos técnicos), fotografias, alguns indicadores do ICam. Conclusão: O mercado do Pirajá localiza-se em um dos bairros mais densos em população e tráfego de veículos. Originalmente, foi o giro de sua economia interna e a sua volta, somada ao novo ciclo econômico de serviços terceirizados e comerciais e a nova ordem da especulação imobiliária contemporânea de Juazeiro que impulsionou a sua área como um subcentro. Esta dinâmica acaba gerando fluxos diários dinâmicos e complexos na maioria dos casos inacessíveis. Desse modo, estudando o fluxo de pessoas em relação a infraestrutura oferecida dentro do mercado, após as primeiras análises percebeu-se um local com muitas vias de diferentes larguras, pavimentações e níveis. Além de rampas fora da norma, com inclinações muito grandes. No interior do mercado não há qualquer sinalização e é fácil de se perder no percurso, já que muito dos corredores não são alinhados e possuem diversas bifurcações. Mostrando que a deficiência na infraestrutura é totalmente fora do padrão adequado para a acessibilidade e segurança do caminhante. Conclusões: Em consequência dos fatores iniciais analisados, o mercado do Pirajá, sendo um empreendimento público e apesar de receber um grande fluxo de pedestres, não consegue favorecer a acessibilidade enquanto caminhabilidade segura, assim acabam sendo deixadas de lado dificultando, principalmente, o trânsito de pessoas como também o transporte de carga que abastece os pontos comerciais na parte interna. A pesquisa, ainda em andamento, segue com base no ICam.