XII Encontro de Iniciação Científica & XI Encontro de Extensão

Ceará: terra da Luz, da Ciência e da Tecnologia

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2019

A contribuição da interdisciplinaridade entre Arquitetura e Engenharia para o ensino e a aprendizagem na educação infantil

Thaliny Candida da Silva1

João Pedro Ferreira Farias2

Allana de Deus Peixoto3

Introdução: Em virtude de contemplar um espaço de experiências sociais que auxilia na formação do conhecimento, o presente trabalho aborda a temática da arquitetura escolar, que, devido à necessidade de se adaptar às mudanças contextuais, tornaram os espaços padronizados e negligenciados quanto aos aspectos arquitetônicos e estruturais (RONQUIM; SILVA, 2011). Segundo Elali (2003), o ambiente atua de forma não verbal, pois este gera impactos diretos e agrega valores simbólicos aos usuários, que por consequência, auxilia e/ou coíbe comportamentos, já que influencia na saúde física e mental dos indivíduos, interferindo na sua produtividade e na capacidade de aprendizagem. Os profissionais têm papel essencial desde o início do processo de projeto, agindo para potencializar as decisões tomadas e indicando as melhores medidas para que todos os conceitos possam ser atendidos, respeitando as normas mínimas e também os índices desejáveis de conforto e sustentabilidade para os espaços. Quanto mais cedo engenheiros e arquitetos estiverem inseridos no processo de projeto visando à colaboração, maiores serão as possibilidades de soluções que abranjam os diversos aspectos importantes. Logo, o interesse sobre a importância da engenharia e da arquitetura se justifica por proporcionar benefícios, como uma melhor qualidade de vida e de ensino, proporcionando uma visão humanizada nos ambientes educacionais, além de fomentar a união entre as duas áreas de conhecimento que embora sejam distintas, se completam a serviço das pessoas. Objetivo: Demonstrar como a arquitetura e a engenharia podem influenciar na educação das crianças, através da análise da construção do espaço físico visando tamanho, elementos estruturais, conforto e paisagismo, como também da neuroarquitetura e a sua relação com o método de ensino montessoriano, nos quais são compreendidos como objetivos específicos. Metodologia: Adotou-se a metodologia de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Para a realização desse estudo teórico, utilizou-se a análise de uma pesquisa bibliográfico e documental, através de artigos, publicações técnico-científicas, dissertações, teses, e pesquisas em sites sobre espaços onde a arquitetura e engenharia tenha influenciado positivamente o ensino e a aprendizagem nas escolas. Mediante essa analise bibliográfica pode-se observar que os ambientes escolares apresentam ausência de sombreamento, conforto térmico e acústico, gerando incomodo, distração e falta de estimulo ao aluno que por consequência prejudica a aprendizagem, no entanto quando se observa escolas projetadas, com formas diferenciadas, as quais os alunos podem interagir, podendo despertar a vontade de estar naquele ambiente, conseguindo inserir no aluno um sentimento de pertencer aquele local. Conclusão: Diante deste estudo teórico, observa-se a importância da criança como elemento fundamental, visto que é a fase que o ser humano tem mais facilidade de aprendizagem, e professores, na qual, estes são responsáveis pela disseminação do conhecimento, no entanto o cenário educacional atual, das instituições públicas e privadas, encontra-se em situações precárias, tanto de uso quanto de ensino, sendo assim, deve-se buscar meios que possibilitem a redução dos problemas já citados, em prol de uma maior valorização. A integração entre a engenharia e a arquitetura se torna um alicerce na criação de espaços capazes de melhorar o conhecimento e auxiliar na aprendizagem. Isso decorre da habilidade de traduzir as necessidades dos clientes e reproduzi-las no espaço em simples traços, como foi visto pelo método montessoriano. Portanto, compreender a base infantil, projetar e construir modelos de aprendizagem e dos espaços tende a reduzir os déficits de aprendizagem da criança, já que se trata de um ensino preparatório capaz de suprir as necessidades para os próximos níveis da educação.

Palavras-Chave: Arquitetura Escolar, Neuroarquitetura, Montessoriano

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Orientador, Mestrado (Concluído), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP